“A Internet vai desaparecer”, essa foi a declaração de Eric Schmidt, ex-CEO do Google, que chocou tanta gente na última semana. Mas, não se preocupe. O atestado de óbito conferido a Internet por Schmidt se refere apenas a um possível futuro da rede, que está ligado à sua evolução e não extinção.
Ao longo do painel no Fórum Econômico Mundial, o ex-CEO da gigante de buscas explicou sua “previsão apocalíptica”.
“Existirão tantos endereços IP e tantos dispositivos, sensores e coisas para vestir, que estaremos interagindo com elas sem mesmo senti-las, elas serão parte da nossa presença o tempo inteiro”, afirmou.
O ex-CEO acrescentou ainda que, no futuro, os cômodos serão dinâmicos, promovendo uma maior interação entre o usuário e a sala em que ele se encontra.
O que Schmidt quer dizer com isso?
O que Schmidt quer dizer com o termo “desaparecer”, portanto, é justamente o contrário do que foi se inicialmente pensado. O ex-CEO não está pregando o fim da Internet, e sim uma expansão tão grande, que vai ficar difícil definir os limites entre o real e o virtual. Entre o online e o offline.
Um dos fatores que apontam para esta tendência é a Internet das Coisas, termo usado para designar novos dispositivos que podem se comunicar entre si através da rede. No início, a tecnologia era utilizada apenas por celulares, mas hoje é possível encontrar diversos produtos capazes de se comunicar, como eletrodomésticos e até lâmpadas que podem ser ligadas ou desligadas a distância.
Para Schmidt, portanto, o que está ocorrendo é um movimento de convergência, no qual a Internet está cada vez mais presente e ligada a nossas atividades diárias. Neste contexto, não é exagero dizer que a Internet vai desaparecer dos nossos olhos, da navegação tradicional via browser, para ser substituída por algo ainda mais comum e tão presente que será difícil viver sem ela.
Eric Emerson Schmidt é presidente do conselho do Google, ex-chefe executivo (CEO) do gigante de buscas e doutor (Ph.D) em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia em Berkeley.
Fonte: Techtudo