Falhas que podem custar caro
A forma como os gestores lidam com seus funcionários afeta, não só o clima, mas também a produtividade e os resultados de uma empresa.
Em tempos de crise, especialmente, erros de comunicação e orientação podem custar caro. Segundo a Robert Half, essas falhas podem gerar aumento da rotatividade e queda na qualidade dos serviços, além de sujar a imagem da companhia.
Com base em sua experiência no mercado, a consultoria elencou os 10 equívocos que os líderes mais cometem em cenários de incertezas. Veja quais são eles e como podem ser evitados.
1 – Achar que os funcionários não conseguem lidar com a verdade
Não adianta esconder a realidade. De acordo com a Robert Half, falar abertamente com os funcionários sobre a retração do negócio faz com que eles sintam que o líder tem algum controle sobre aquela situação.
Uma boa forma de fazer isso seria reunir a equipe e explicar questões como: o que aconteceu na última vez em que a atividade da empresa esteve em baixa? Como a companhia superou os problemas? O que pode ser aprendido com a experiência passada e o que pode ser aplicado ao momento atual?
2 – Culpar chefes superiores
Segundo a consultoria, é comum que gestores de nível médio sejam os responsáveis por transmitir más notícias e se sintam inclinados a dizer aos funcionários que aquelas decisões não são suas.
Mas ao invés de isentá-los da responsabilidade, essa atitude passa a mensagem de que o gestor não está em sintonia com os seus superiores, o que não pega nada bem.
O ideal, para a Robert Half, é apresentar as mudanças e explicar os motivos que estão por trás delas.
3 – Achar que as pessoas têm sorte de estar no emprego
A crença de que quando uma economia vai mal as pessoas devem se sentir felizes por terem uma posição estável, ainda que não seja a ideal, não é uma verdade absoluta.
A Robert Half lembra que funcionários talentosos sempre têm opções no mercado e que perdê-los não é uma boa estratégia.
4 – Fazer reuniões demais
Uma pesquisa da consultoria revelou que 27% dos trabalhadores acham que as reuniões são a maior fonte de desperdício de tempo no emprego.
Por isso, é recomendado reunir a equipe só quando realmente há necessidade.
5 – Reduzir treinamentos
Em momentos de crise, cortar custos é praticamente inevitável. Porém, a Robert Half aconselha a ter cautela ao diminuir o orçamento para desenvolvimento dos empregados. Isso porque aprimorar qualificações pode ser útil no curto e no longo prazo.
A regra só vale, é claro, se os treinamentos forem eficazes e tiverem uma voa relação custo-benefício.
6 – Transformar o trabalho em uma “missão impossível”
Com demissões e cortes no orçamento, é comum que um funcionário passe acumular o trabalho outros dois ou três. Se isso acontecer, aconselha a Robert Half, o ideal é determinar quais tarefas são críticas e manter o foco nelas.
As secundárias devem ser executadas por profissionais temporários ou adiadas para evitar sobrecargas.
7 – Fazer somente as coisas seguras
Em momentos de incerteza, trabalhar só com as fórmulas já reconhecidas e comprovadas pode ser tentador. Mas, fazer só o que é seguro não leva nenhuma empresa a chegar muito longe, lembra a consultoria.
O recomendado é assumir riscos calculados e explorar novas possibilidades para conseguir manter as vantagens competitivas.
8 – Reprimir o pensamento crítico
Calar as perguntas mais difíceis não resolve momentos turbulentos. São elas que podem acabar trazendo soluções para o clima econômico desafiador, pondera a Robert Half.
9 – Não considerar os efeitos da economia sobre os clientes
Crises econômicas não trazem só dificuldades. Para algumas empresas, elas podem ser um impulso.
Segundo a consultoria, pesquisar e compreender o que os clientes consideram como valor agregado pode ajudar companhias a adaptarem melhor seus produtos e serviços aos novos tempos.
10 – Sacrificar a qualidade
Funcionários superocupados erram mais. Enchê-los de tarefas pode afetar negativamente a qualidade do trabalho e criar padrões inferiores difíceis de se reverter quando a crise passar.
Quando um problema surge, é necessário dedicar tempo a identificar a sua fonte e corrigi-lo, atenta a consultoria.
Fonte: EXAME