O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou na noite desta segunda-feira (8) durante uma das palestras de abertura da 26ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, que a economia brasileira está dando sinais de recuperação gradual no ritmo de crescimento.

Nesse primeiro trimestre provavelmente crescemos ao ritmo de 4% ao ano. E a expectativa do mercado aponta um crescimento em 2013 ao redor de 3%, afirmou Tombini.

De acordo com o presidente do Banco Central, a produção de veículos aumentou mais de 12% no primeiro trimestre de 2013 em comparação com o mesmo período de 2012. A venda de máquinas cresceu 29,6% no mesmo período, puxada pela perspectiva de novo recorde de produção de grãos em 2013.

Outra notícia promissora vem pelo lado do investimento, que voltou a apresentar taxa positiva de crescimento no último trimestre de 2012, após quatro trimestres consecutivos de retração. E pelas informações que temos, o investimento também cresceu no primeiro trimestre de 2013, sublinhou Tombini.

O presidente do Banco Central abriu o pronunciamento destacando as transformações econômicas e sociais que o Brasil experimentou nas duas últimas décadas e disse que isso só foi possível graças a estabilização monetária, aliada a uma política macroeconômica completa, envolvendo o lado monetário, fiscal e externo.

Tombini reiterou que o Banco Central pode adotar outras ações para conter a inflação, como já havia dito na semana passada em audiência pública no Senado, dias depois do BC elevar a projeção para a inflação brasileira em 2013, de 4,8% para 5,7%. Ele afirmou que a resistência da inflação nos últimos meses preocupa, mas que, mesmo diante de um quadro de incertezas, o Banco Central vai continuar atuando com cautela.

A sociedade brasileira sabe que taxas de inflação elevadas geram distorções na economia, levam a aumentos dos prêmios de risco, deprimem os investimentos, subtraem o poder de compra de salários e reduzem o potencial de crescimento da economia. Nesse sentido, quero deixar claro que o foco da política monetária tem sido e continuará a ser a manutenção da estabilidade de preços, declarou o presidente do Banco Central.

 

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